terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Os Garotos Perdidos 2 - A Tribo (Lost Boys: The Tribe)

Essa semana eu assisti o tão esperado “Os Garotos Perdidos 2 - A Tribo” (Lost Boys: The Tribe) (2008), o filme foi lançado direto pra DVD aqui no Brasil, e como se não bastasse o lançamento foi muito ofuscado pelo novo fenômeno pop teen adolescente “Crepúsculo”. Enfim depois de 20 anos do clássico da Sessão da Tarde dos anos 90 finalmente é lançada a seqüência dirigida por P. J. Pesce (Um Drink no Inferno 3), trazendo uma história com novos personagens porém mantendo a mesma fórmula.

Logo no começo do filme vemos alguns vampiros surfistas invadindo propriedades particulares só para se divertirem no maior estilo “Somos vampiros modernos e gostamos de nos divertrir” após essa cena somos apresentados aos irmãos Chris (Tad Hilgenbrink, de American Pie 4 - Tocando a Maior Zona) e Nicole (Autumn Reeser, do seriado The OC) que estão se mudando para Luna Bay.

Não demora muito eles decidem dar um role pela cidade, e lá esta ele Shane (Angus Sutherland, que é meio irmão de Kiefer Sutherland) que os convida para uma festa, a dupla de irmãos aceita o convite e vão a tal festa, Nicole acaba se envolvendo com Shane e bebe o seu sangue pensando que é vinho ou algo parecido assim se tornando uma meio-vampira e como no primeiro filme para a transformação se completar ela deve fazer sua primeira vítima.

Chris percebendo que sua irmã está estranha decide recorrer a Edgar Frog (novamente interpretado por Corey Feldman), Frog da uma breve explicada sobre vampiros para Chris, que esta disposto a qualquer coisa para salvar a vida de sua irmã e com a ajuda de Frog parte para cima dos Vampiros.

Como eu disse “Os Garotos Perdidos 2 - A Tribo” traz a mesma fórmula do original, se você achava os vampiros de 87 moderninhos, espere só conhecer os de 2008, se os de 87 andavam de moto, os de 2008 andam de moto, skate e surfam! Se os de 87 faziam suas festinhas particulares em seus esconderijos os de 2008 fazem mega festas com direito à drinks, convidados humanos e lesbianismo! Dentre muitas outras marcas da geração 2000.

O humor continua presente (como na engraçadíssima cena em que Frog explica que fez um curso para ser tornar padre pela internet!!), Frog continua impagável e a trilha sonora continua espetacular trazendo até uma nova versão de Cry Little Sister.

Para finalizar, “Os Garotos Perdidos 2 - A Tribo” é um filme que deve ser visto pelos antigos fãs é uma boa chance para os que não conheciam Os Garotos Perdidos” conhecer agora, vá a locadora mais próxima e alugue o clássico, a seqüência e bom divertimento!

Inclusive o DVD lançado aqui no Brasil vem recheado de extras como: clipes musicais; dois finais alternativos; uma impagável (e muito divertida) espécie de programa apresentado pelo Edgar Frog explicando o funcionamento de suas armas, seu métodos de caçar vampiros e coisas do tipo; além dos extras básicos.

E ainda fica a questão será que Os Garotos Perdidos 2 - A Tribo” se tornará um dia um clássico da “Sessão da Tarde” como seu antecessor? Bom, só o tempo dirá...

Os Garotos Perdidos (The Lost Boys)

Eu estava pensando em escrever sobre “Os Garotos Perdidos 2 - A Tribo” porém é impossível falar deste filme sem citar o original Os Garotos Perdidos” (The Lost Boys) (1987), por isso resolvi escrever sobre ele primeiro.

Lançado em 1987, o filme seguiu a trilha do sucesso “A Hora do Espanto” (Fright Nigh, 1985) nos anos 80 houve uma onde de filmes de terror com certo humor e Os Garotos Perdidos” é um que se destaca por ter sido reprisado na Sessão da Tarde dos anos noventa inúmeras vezes.

Dirigido por Joel Schumacher (O Número 23) o filme começa nos apresentando a turma de vampiros adolescentes baderneiros, mostrando eles mexendo com a namorada de uma cara fortão, não demora muito o tal fortão é pego pelos vampiros.

Depois desse prólogo somos apresentados à Michael (Jason Patric, de Velocidade Máxima 2), seu irmão Sam (Corey Haim, de Sem Licença para Dirigir) e sua mãe Lucy (Dianne Wiest, de Edward mãos-de-tesoura) que estão se mudando para a casa do avô em Santa Carla ( a cidade dos vampiros) ao chegar na cidade eles percebem que a cidade num é nenhum paraíso.

Depois de se instalarem na casa do excêntrico avô os garotos decidem sair para conhecer a cidade, Michael conhece a bela Star (Jami Gertz, de Gatinhas e Gatões) e o vampirão David (Kiefer Sutherland, que nessa época nem sonhava em ser o Jack Bauer da série 24 Horas), e o caçula Sam conhece os viciados em histórias de vampiros Alan Frog (Jamison Newlande) e Edgar Frog (Corey Feldman, de Os Goonies) e a mamãe Lucy conhece Max (Edward Herrmann, o Richard da série Gilmore Girls).

Tudo vai bem até Michael se envolver com a trupe de vampiros, e acaba bebendo por engano (pensando que era vinho) o sangue do vampiro mestre. Sam percebe que seu irmão mais velho está agindo de forma estranha e baseando-se pelos H.Q’s de vampiros desconfia de seu irmão é um meio-vampiro, ou seja, para ele se transformar em um vampiro completo deve se alimentar de sangue humano, Sam descobre que o único jeito de seu irmão voltar ao normal é matando o vampiro mestre (mais uma vez baseando-se nos H.Q’s de vampiros), Então Sam com a ajuda dos Frogs partem em busca do vampiro mestre.

Ta aí um filme despretensioso, que traz uma dupla de irmãos, uma gangue de vampiros e uma dupla de viciados em histórias de terror, ou seja, é claro que o filme flui bem e em nenhum ponto se torna massivo.

Com pitadas bem generosas de humor (negro ou não) “Os Garotos Perdidos” é filme muito divertido, muitos vão se amarrar no estilo rockeiros descolados dos vampiros (tem até um pôster do Jim Morrison na caverna deles!), nas camisas super estampadas de Sam ou até mesmo nas roupas estilo “Rambo” dos Frogs. A trilha sonora é um capítulo à parte trazendo o rock dos anos 80, o filme tem como música tema “Cry Little Sister”, de Gerard McMann.

“Os Garotos Perdidos” com certeza merece ser visto para todos que gostam de um bom filme despretensioso e (é obrigatório para quem se diz fã de filmes de terror ou fã da antiga Sessão da Tarde) que com certeza é bem melhor que as bobagens cinematográficas adolescentes de hoje em dia.